Especialista tira dúvidas sobre a emissão de notas fiscais com o uso do PIX para pagamentos e muito mais!

Em novembro de 2020, o Banco Central instituiu uma nova modalidade de transferência financeira que visa facilitar as movimentações bancárias. O Pix, que pode ser realizado por qualquer smartphone por meio do aplicativo de bancos e instituições financeiras. A modalidade ainda não possui custos e pode ser utilizada sem restrições de dias da semana e horários, já que a transferência cai em poucos segundos.

E se você tem dúvidas se as empresas podem receber os pagamentos por esta nova modalidade, a resposta é sim, já que o Pix é um meio de transferência como qualquer outro. Basta a empresa cadastrar sua chave em poucos segundos e começar a oferecer esse tipo de pagamento pelas suas vendas ou prestação de serviços.

Além disso, a existência de mais de um meio de pagamento é um fator decisivo para a compra das pessoas, pois quanto mais opções você oferecer ao cliente na hora de pagar, maiores são as chances do fechamento da venda. “A adoção desse tipo de pagamento também é boa pois serve até para os mais esquecidos, pois se não estiverem com o cartão no momento da compra, podem realizar o pagamento instantâneo, evitando transtornos. Por isso, adote o Pix e aumente as estratégias de vendas da sua empresa”, afirma Túlio Iannini, CEO da U4Crypto.

Preciso emitir nota fiscal?

E com esta praticidade e facilidade, a dúvida entre alguns empresários e lojistas é se existe a necessidade de emitir nota fiscal em toda venda realizada pelo novo sistema. “Acontece que atualmente, por Lei, todas operações de prestação de serviços e vendas devem possuir documento fiscal independente da forma de pagamento. Desse modo, em relação ao risco dos pagamentos recebidos por Pix sem notas fiscais serem alvo de fiscalização, é válido pontuar que essa movimentação ainda não compete com o número de vendas no cartão”, explicou Túlio Ianinni, CEO da U4Crypto.

Ele acrescenta que desde 2016, a E-financeira obriga todas as instituições financeiras a informar à Receita Federal o montante financeiro movimentado pelas empresas e pessoas físicas, seja por PIX, TED ou DOC ou depósitos na boca do caixa. Movimentações bancárias de empresas em valores muito elevados, que ultrapassem a movimentação com documentos fiscais, são suspeitas na maioria dos casos e correm grandes riscos de serem fiscalizadas, independente de receber por Pix ou não.

A atenção deve ser levada em conta, em todo tipo de negócio, quando falamos em dinheiro e tipos de pagamentos. Nos últimos anos, a Receita Federal tem aumentado a cada ano a sua capacidade de fiscalização de operações eletrônicas. “É importante ressaltar que as operações do PIX não são informadas individualmente para a Receita Federal, pois a Lei Complementar nº 105, do ano de 2010, garante o sigilo bancário a esse tipo de operação”, comentou Ianinni.

Fonte: Túlio Iannini, CEO da U4crypto. Possui mais de 20 anos de experiência em TI e como empreendedor na área. É mestrando em Administração com MBA em Gestão da Competitividade e Graduado em Comunicação Empresarial.


comentários