Crédito: Arquivo pessoal/divulgação. 

Outubro se tornou o mês da conscientização sobre a doença

A psoríase é uma doença de pele crônica e não contagiosa caracterizada pela presença de placas avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. A causa não é totalmente conhecida, mas se sabe que o sistema imunológico tem papel importante no seu desencadeamento. De acordo com Michelle Diniz, dermatologista e preceptora do Ambulatório de Psoríase e Imunobiológico da Santa Casa, a doença atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas que acometem grande área da superfície corporal.

“A doença é mais comum na faixa etária dos 50 aos 69 anos. Além da questão genética, a psoríase também pode ser provocada por gatilhos externos e internos, incluindo traumatismos leves, queimaduras solares, infecções, drogas sistêmicas e estresse”, explica. A dermatologista também ressalta que a psoríase envolve a pele e as unhas, e está associada a uma diversidade de comorbidades. “As lesões cutâneas são pápulas e placas vermelhas localizadas ou generalizadas, na maior parte simétricas, nitidamente demarcadas, e normalmente recobertas por descamações brancas ou prateadas. As lesões causam prurido, ardência e dor”, afirma.

Segundo dados da organização Psoríase Brasil, entre 1,3% e 34,7% dos indivíduos com psoríase desenvolvem artrite inflamatória crônica (artrite psoríatica), que leva a deformações articulares e incapacidade. Entre 4,2% e 69% de todos os pacientes que sofrem de psoríase desenvolvem alterações ungueais. Relata-se que os indivíduos com psoríase apresentam um maior risco de desenvolver outras condições clínicas sérias, tais como doenças cardiovasculares e outras doenças não transmissíveis,

Com relação ao tratamento da doença, há vários para a doença. “Pode levar semanas ou meses para ver os resultados. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol, nos horários e tempo adequados e seguros, são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Nos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B (banda estreita) em cabines faz-se necessário. Essa modalidade terapêutica utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, os psoralenos (P), com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz”, explica a dermatologista.

Novo medicamento para psoríase é incorporado ao SUS

O medicamento risanquizumabe para tratamento de pacientes adultos com psoríase em placas moderada a grave foi incorporado ao protocolo clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. Com isso, o medicamento estará disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).

A decisão foi publicada no dia 21 de setembro no diário oficial. O prazo máximo para o medicamento ser ofertado pelo SUS é de 180 dias.

Segundo o Manual Merck de medicina, a psoríase é uma doença crônica e recorrente que causa o aparecimento de uma ou mais placas vermelhas na pele. A doença possui um fator hereditário e está relacionada a problemas autoimunes.

A psoríase afeta de 1% a 5% da população mundial e é mais comum em pessoas de pele clara.


atualizado em 29/10/2020 - 11:07

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