“Dr. João Pedro Junqueira, da Pró-Criar, alerta para os riscos que a obesidade traz à fertilidade de homens e mulheres” – Crédito: Leo Horta
Além de ser fator de risco para a Covid-19, excesso de peso compromete saúde reprodutiva de homens e mulheres, resultando, entre outros fatores, em perda da qualidade de óvulos e espermatozoides
A obesidade tem sido considerada por muitos especialistas um dos males do século XXI. No Brasil, o peso médio da população deu um salto significativo nas últimas décadas: a parcela de pessoas com essa condição no país pulou de 11,8%, em 2006, para 20,3%, em 2019 – uma alta de 72% –, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Isso significa que dois em cada 10 brasileiros estão obesos.
De acordo com Dr. João Pedro Junqueira Caetano, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Pró-Criar, vale destacar que, além de estar relacionada a problemas coronarianos, diabetes, hipertensão e ser fator de risco para a Covid-19, a obesidade também pode afetar a fertilidade. “O excesso de peso pode ocasionar, por exemplo, um distúrbio na produção e metabolização do estrógeno (hormônio sexual fabricado pelos ovários), resultando em irregularidade do ciclo menstrual e uma ovulação não efetiva, além de aumentar o risco de se desenvolver a Síndrome dos Ovários Policísticos”, explica.
Ainda segundo o especialista, mulheres acima do peso têm maior risco de abortamento e estão mais propensas a problemas durante o pré-natal e o parto. “Um quadro de obesidade pode ampliar o risco de se desenvolver diabetes gestacional e até pré-eclâmpsia, ocasionada pelo aumento da pressão arterial. Essas complicações podem ocasionar parto prematuro e, no caso da diabetes, aumentar os riscos para o bebê”, alerta Dr. João Pedro.
Já no homem, o excesso de gordura altera as taxas de dois hormônios importantes, reduzindo o nível de testosterona e aumentando o de estradiol, o que compromete a produção de esperma. “Além de prejudicar o ciclo hormonal masculino, em homens com sobrepeso são registrados maiores índices de queda na produção e na qualidade dos espermatozoides”, destaca o especialista da Pró-Criar.
Com relação aos tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, Dr. João Pedro ressalta que a obesidade NÃO piora os resultados ou as chances de sucesso. Assim, mesmo que seja importante perder peso, pacientes com dificuldade para engravidar não devem perder tempo em procurar um médico. “Todos os casais com planos de ter filhos devem ficar atentos não apenas à questão da obesidade, mas à saúde de modo geral. A receita é simples e vale para todos, independentemente do sexo ou idade: crie o hábito de manter uma alimentação saudável e equilibrada e pratique regularmente alguma atividade física. E, tão importante quanto, é procurar um especialista para orientar e esclarecer todas as suas dúvidas”, finaliza.
Sobre a Pró-Criar
A Pró-Criar, especializada em reprodução assistida, está completando 21 anos de atuação. A clínica tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento acolhedor àqueles que buscam tratamento de fertilidade. Fundada pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB, em fevereiro de 1999, a Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos, e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana. Em fevereiro de 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva.
atualizado em 22/07/2020 - 13:43